Reunião de 12/12/2016

Segurança alimentar mundial dependerá do protagonismo do Brasil

Segundo projeções da ONU e da OCDE, a agricultura brasileira deverá expandir a produção de alimentos em 40% até 2020

Representando 22% do PIB (Produto Interno Bruto) e 25% da mão de obra empregada no País – e sendo o único setor que gerou emprego durante o período de crise –, a agricultura brasileira carece de uma verdadeira “revolução política” para fazer frente ao gigantesco de desafio que se impõe: o de ser um dos maiores provedores mundiais de alimentos.

As afirmações são do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que participou da última reunião do ano do Núcleo de Altos Temas do Secovi-SP (NAT), em 12/12.

“Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), até o ano de 2020, a oferta mundial de alimentos terá de crescer 20% para não haver fome no mundo”, afirmou o ex-ministro.

Para se ter uma ideia da importância brasileira nesse cenário, enquanto países da União Europeia terão de incrementar sua produção de alimentos em 4%, e os Estados Unidos e o Canadá em 15%, ao Brasil caberá aumentar em 40%, de acordo com Rodrigues, amparando-se em estimativas da OCDE e da ONU. “Temos tecnologia, terra disponível e gente para isso. Falta o reconhecimento político necessário. Isso inibe os avanços de que precisamos para crescer o suficiente”, complementou.

Rodrigues destacou os problemas legislativos (como lei trabalhista ultrapassada), de logística inapropriada (gargalos para escoar a produção do cerrado para portos, por exemplo) e de política de renda (crédito rural insuficiente e seguro rural apático) como os que exigem soluções de imediato para que o setor agropecuário tenha o fôlego necessário para que o Brasil assuma o protagonismo mundial em produção de alimentos.

Leandro Vieira
Assessor de Comunicação – Secovi-SP

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