Reunião de 10/12/2015

Oportunidades nas adversidades

João Doria

Na última reunião do NAT (Núcleo de Altos Temas) do Secovi-SP, o empresário João Doria Júnior, presidente do Grupo Doria e do Lide, disse que é oficialmente pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB nas eleições de 2016. “Amo esta cidade. Foi aqui que conquistei tudo o que tenho hoje. Estive andando pelas franjas dessa cidade e pude ver as dificuldades que as pessoas mais pobres enfrentam”, constatou.

Para Doria, Fernando Haddad (PT-SP) é “um bom homem”, mas não é um gestor “com capacidade de ‘prefeitar’”. O palestrante destacou que uma das principais diretrizes de sua eventual administração será a modernização do governo. Como pilares para isso, listou sua intenção de transformar subprefeitos em prefeitos regionais. “Serão pessoas que conhecerão bem a comunidade local. Promoveremos uma verdadeira descentralização. Vamos governar com pessoas com diversas habilidades”, pontuou.

Sublinhou que pretende levar à administração municipal toda a experiência que angariou na iniciativa privada. “Vamos colocar na prefeitura o senso de urgência, coisa de que vocês, do setor imobiliário, precisam muito. É impressionante uma cidade cosmopolita como São Paulo ainda não ter isso. Não vamos atrapalhar o empreendedorismo. O empresário tem de ser exaltado por trazer emprego e renda para a cidade”, ponderou.

Disse, ainda, que vai digitalizar a prefeitura e acabar com o papel, alçando a tecnologia, inclusive, como ferramenta de combate à corrupção.

Romeu Chap Chap, coordenador do NAT, vê de forma positiva a iniciativa de Doria Jr. “Existe por parte do empresariado verdadeira ojeriza em participar da política. Mas vale lembrar a grande lição de Martin Luther King: ‘O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons’”.

Saída para o Brasil – Em seu pronunciamento, Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, relacionou alguns dos percalços pelos quais o Brasil tem passado. “Os últimos acontecimentos são, para dizer o mínimo, extremamente preocupantes. O PIB brasileiro fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Tal resultado indica a maior retração do PIB em terceiros trimestres, desde o início da série histórica, em 1996.”

Bernardes indicou que esses números podem indicar não só um processo de recessão, mas de depressão, com quase nenhum poder de reação em 2016.

“Ao olharmos o ambiente político, a situação é não menos dramática. Assistimos todos, pela mídia, a uma barganha pública escusa entre o Planalto e a presidência da Câmara, num ‘toma lá dá cá’ amoral e injustificável numa sociedade evoluída, que culminou na abertura do processo de impeachment”, disse.

Para Doria Jr., o Brasil precisa ser pacificado. “Impossível resgatarmos o País sem a credibilidade necessária. A presidente Dilma tem menos de 10% de aprovação. E serão os movimentos populares que vão transformar os votos dos parlamentares que ainda defendem o governo”, disse, em referência ao processo de impeachment no Congresso.

Leandro Vieira
Assessoria de Comunicação do Secovi-SP

Galeria de Fotos

Fotos: José Carlos Tafner Jorge

Download – Pronunciamento Claudio Bernardes

Download – Pronunciamento Romeu Chap Chap