Reunião de 21/3/2014

“O futuro político e macroeconômico do país”


Em reunião conjunta do NAT (Núcleo de Altos Temas do Secovi-SP) e da Política Olho no Olho do Sindicato, realizada na sede da entidade, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, colocou-se à disposição para dialogar sobre a ressocialização e reinserção dos egressos do sistema penitenciário. A questão foi tema da primeira reunião do NAT deste ano, no dia 10/2, quando o filósofo e professor Denis Lerrer Rosenfield e o advogado criminalista e ex-secretário de Segurança Pública e da Justiça Antônio Cláudio Mariz de Oliveira debateram as causas da violência e como equacioná-las.

“Estamos abertos a propostas e nos colocamos à disposição para discutir parcerias e firmar convênios”, disse o governador. Romeu Chap Chap, coordenador do NAT, lembrou que a reinserção social do ex-presidiário é elemento fundamental à sua recuperação. “Reintegrar os ex-detentos, com empregabilidade e perspectivas de vida, é uma forma efetiva de reduzir os índices de criminalidade”, afirmou.

Locomotiva na Nação – Ao receber o governador, o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, destacou que, se considerada apenas a geração de empregos, não há dúvida de que o Estado continua sendo a locomotiva do Brasil.

“De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, São Paulo foi o recordista na criação de postos de trabalho no ano passado, com 268 mil vagas. Isso equivale a quase um quarto de todas as colocações abertas no País, e parcela considerável desses postos de trabalho foi ofertada pela indústria imobiliária, que movimenta vários outros setores produtivos.”

Bernardes também enalteceu a destinação de R$ 3,4 bilhões para a construção de 30 mil novas moradias populares na cidade de São Paulo, dirigidas a famílias com renda mensal de até R$ 1.600, envolvendo os governos federal, estadual e municipal. “Uma histórica aliança, onde questões partidárias são deixadas de lado em prol das necessidades da população.”

Claudio Bernardes listou alguns percalços pelos quais o estado vem passando. “Nosso governador vem conduzindo com serenidade e competência assuntos de muita gravidade: de black blocs e racionamento de água a ameaças do PCC; de panes em metrô e trens a ônibus incendiados. E assim deve ser, pois nada pode nos desviar do objetivo de manter o Estado de São Paulo como locomotiva”, salientou.

Abastecimento – Sobre a crise hídrica no reservatório da Cantareira – fruto da maior estiagem dos últimos 80 anos – o governador anunciou uma série de medidas para mitigar a escassez de água. “É difícil ter 22 milhões de pessoas vivendo a 700 metros de altitude”, disse, em referência à quantidade de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo, a terceira maior do mundo, e ao fato de essa mesma região não possuir água – o que a leva a buscar o recurso na Cantareira.

Entre as saídas encontradas, Alckmin afirmou que o estado entrará em linha com o que se pratica no mundo inteiro, integrando bacias hidrográficas. O sistema Cantareira, em até quatro meses, deverá ser interligado à bacia do Rio Paraíba do Sul “O caminho mais rápido seria fazer reservatórios. Mas temos o problema ambiental, porque pode causar alagamentos; e o social, pois temos de desapropriar muita gente”, sustentou. Segundo o governador, com essa ligação, a capacidade de armazenamento irá para 2,2 bilhões de m³. Atualmente, o sistema Cantareira, sozinho, tem capacidade de cerca de 1 bilhão de m³.

Futuro promissor –Para Alckmin, o governador que se eleger em 2025 pegará uma “moleza”. Isso porque, até lá, os precatórios do estado estarão pagos; as dívidas, próximas de zero; e os proventos auferidos com o pré-sal começarão a entrar no caixa.

Apresentando evolução da situação fiscal paulista, afirmou que a dívida corrente líquida era 2,24 vezes a receita corrente líquida – acima do teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal para entes federativos, de duas vezes. “Hoje, já estamos em 1,42 vez. E esse índice continua caindo”, disse. Isso, sem o sacrifício dos investimentos, que estão na ordem dos R$ 20 bilhões ao ano. A diminuição do índice de homicídios, a expansão da rede de ensino técnico pela capital e interior do estado, as obras do Rodoanel e duplicação de rodovias e os vultosos investimentos em transporte de massas (CPTM e Metrô) também foram elencados pelo governador.

Habitação –O governador destacou que o Estado de São Paulo é o único que destina recursos do orçamento, cerca de 1%, para construção de casas para famílias de baixa renda. Citou, ainda, o Casa Paulista, programa estadual voltado à habitação de interesse social, e da parceria com a Prefeitura de São Paulo e a União, como exemplo para que o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, possa ser desenvolvido na Capital, onde o valor dos terrenos é muito maior em comparação a outras localidades do País. “Nós entramos com R$ 20 mil, a prefeitura entra com o terreno, e o governo federal com R$ 76 mil do Minha Casa, Minha Vida”, detalhou. Com essa aliança, as chances de produzir moradias populares está potencializada.

Reforma política – Em âmbito nacional, o governador defendeu a reforma política. “A política faliu. Não há no mundo estado democrático com 32 partidos. Em um ano, vão ser 40. Isso porque partido político significa dinheiro injetado na veia e tempo de televisão. Uma vergonha”, afirmou. A saída, segundo Alckmin, é adotar a cláusula de barreira e o voto proporcional.

Leandro Vieira
Assessoria de Comunicação/Secovi-SP

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